Apologética Adventista

Eduardo Marinho | 03:53:00 | 0 comentários


Arqueólogos adventistas são destaque na 



IstoÉ


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A revista IstoÉ desta semana traz matéria sobre o trabalho de 
arqueólogos brasileiros, dois dos quais adventistas: os doutores
 Rodrigo Silva e Jorge Fabbro. Leia aqui alguns trechos da
 reportagem: "Fazia 40 graus à sombra, debaixo de uma tela 
de plástico perfurada em Monte Sião, Jerusalém. Corria o último
 mês de julho e cerca de 50 titulados acadêmicos de diferentes 
partes do mundo distribuíam picaretadas nessa porção de terra
 sagrada, onde ficava a residência de Caifás, o sumo sacerdote 
que presidiu os dois julgamentos de Jesus Cristo. Todos haviam
 trocado de bom grado o ar-condicionado de suas salas nas 
universidades para suar sob o sol escaldante da cidade santa,
 em busca de tesouros históricos.
No meio dessa turma um brasileiro, professor de arqueologia, 
com um chapéu à Indiana Jones na cabeça, lutava contra uma
 tendinite no braço esquerdo provocada por uma inflamação na
 coluna cervical. Aos 54 anos, o paulista Jorge Fabbro, teólogo 
com mestrado em arqueologia pela Andrews University (EUA), 
não queria abandonar a terceira expedição da qual participava
 em Israel. Além de atender às preces do professor Fabbro,
 Deus deu o ar da graça a todos os seus colegas de empreitada.
A escavação da qual participavam resultou em uma das maiores
 descobertas da arqueologia bíblica deste ano: uma taça de pedra,
 datada do século I d.C., na qual estão escritas dez linhas, 
possivelmente em aramaico ou em hebraico. Trata-se de um 
código secreto, ainda misterioso, formado por algumas letras 
redigidas de cabeça para baixo e frases de trás para a frente. 
Uma relíquia do tipo, suspeitam os pesquisadores da Universidade 
da Carolina do Norte que capitaneavam a missão, pode ter sido
 usada por Jesus para se lavar ritualmente antes da última ceia.
Não existe na história de Israel nenhum vaso ritual com inscrição
 tão extensa quanto este. "Infelizmente não fui eu quem deu a
 picaretada para tirá-lo do chão", lamenta-se, em um primeiro 
momento, o professor Fabbro. "Mas o prazer de tocar em um 
objeto que ninguém tinha visto em dois mil anos é indescritível."
Saciar o espírito aventureiro, próprio do herói da série 
"Indiana Jones", e contribuir com a ciência motivam alguns 
arqueólogos brasileiros a deixar de lado os livros e o conforto
 do lar para, no Exterior, sujar as mãos de terra em busca de
 objetos raros. Não é tarefa fácil. Em 2007, o professor mineiro
 Rodrigo Pereira da Silva, especialista em arqueologia pela 
Universidade Hebraica de Jerusalém, escavou na Jordânia.
Como os trabalhos em sítios arqueológicos começam cedo
 por causa do calor, passou um mês acordando às 4h da manhã.
 Com um turbante na cabeça e munido de trena, pá, picareta,
 colher de pedreiro, vassoura e pincel, ele dava expediente em 
uma camada de terra do período persa datada do século VI a.C. 
até a hora do café, às 8h.
Duas horas e meia mais tarde, Silva, que leciona no Centro 
Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), almoçava no 
alojamento próximo dali, onde ele e outros colegas dormiam.
 À tarde, o sol castigava e não havia escavação. A labuta, porém,
 não parava. Com um balde de água e escova de dente, os 
pesquisadores tinham de lavar os achados.
Com algumas poucas mudanças, esse foi o ritual de Silva,
 39 anos, nas seis expedições que constam de seu currículo
. "É um trabalho gostoso, no qual não existe a síndrome da
 segunda-feira", afirma o professor, que descobriu uma
 estatueta datada entre 10 mil a.C. e 5 mil a.C., hoje exposta 
no museu de Shaar ha Golan, em Israel.
Empoeirar-se em terras sagradas do Oriente Médio - 
o professor Fabbro conta que a cada dois dias de trabalho 
joga-se fora uma camiseta e uma calça - custa caro e, na 
maioria dos casos, é bancado pelo próprio acadêmico. Silva
 desembolsou cerca de R$ 10 mil na missão da Jordânia. 
Fabbro, que se inscreveu e foi selecionado pela Universidade
 da Carolina do Norte, contou com o patrocínio de R$ 20 mil 
da Universidade Santo Amaro (Unisa), na qual leciona, para 
passar seis semanas em Jerusalém. (...)
"[O] arqueólogo Fabbro, que chegou a escavar com caças
 israelenses sobrevoando sua cabeça, brinca ao citar a maior 
das aventuras dessa profissão fascinante: 'Dividir o quarto 
com colegas. Até Ph.D. ronca!'"
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Jorge Fabbro. Idade: 54 anos. Formação: teólogo e advogado,
 mestre em arqueologia pela Andrews University (EUA).
 Expedições: Israel (nas cidades de Tel Dor, Megiddo e Jerusalém).
 Descobertas: taça de pedra com uma inscrição de dez linhas usada
 por sacerdotes do primeiro século do cristianismo. É o vaso ritual
 que apresenta a inscrição mais extensa da história de Israel.
 Escama de bronze de 700 a .C. que fazia parte da couraça de 
um guerreiro.
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Rodrigo da Silva. Idade: 39 anos. Formação: teólogo, filósofo
 e doutor em teologia bíblica. Fez pós-doutorado em arqueologia
 na Andrews University (EUA), além de cursos de arqueologia
 na Universidade Hebraica de Jerusalém. Expedições: escavações 
em Israel, Jordânia, Sudão e Espanha. Descobertas: uma 
estatueta do período neolítico, datada entre 10000 a. C. e 5000 a. C., 
hoje exposta no museu de Shaar ha Golan, em Israel, e três 
moedas gregas raras.

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