Apologética Adventista

Eduardo Marinho | 03:58:00 | 0 comentários


A farsa Hitler

Muitos ateus e agnosticos,falam que Hitler era Cristão e 
esta afirmativa posso dizer que é uma grande farsa;
    Blog de fansdejesus : Fans de Jesus, A farsa Hitler
Traduzido e adaptado por: Maximiliano Mendes
O artigo original pode ser acessado aqui:
http://townhall.com/columnists/DineshDSouza/2007/11/05/
was_hitler_a_christian
Com vergonha do legado assassino dos regimes comunistas
 ateus do Século XX, os líderes ateístas buscam empatar o
 placar com os crentes ao retratar Adolf Hitler e seu regime 
nazista como sendo teístas, mais especificamente Cristãos. 
Os websites ateístas rotineiramente alegam que Hitler era 
Cristão porque nasceu Católico, nunca renunciou ao seu 
Catolicismo e escreveu em Mein Kampf: "Ao me defender 
dos Judeus, defendo o trabalho do Senhor". Os escritor 
ateu Sam Harris escreve que "o Holocausto marcou o auge 
de ... 200 anos dos Cristãos fulminando os Judeus", portanto,
 "sabendo disso ou não, os nazistas eram agentes da religião".
       Blog de fansdejesus : Fans de Jesus, A farsa Hitler
Quão persuasivas são essas alegações? Hitler nasceu Católico 
assim como Stálin nasceu na tradição da Igreja Ortodoxa Russa
 e Mao Tsé Tung foi criado como Budista. Esses fatos não provam
 nada, pois muitas pessoas rejeitam sua criação religiosa, como
 esses três fizeram. O historiador Allan Bullock escreve que desde
 cedo, Hitler "não tinha tempo algum para os ensinos do Catolicismo, 
considerando-o como religião adequada somente para os escravos
 e detestando sua ética".
Então como nós explicamos a alegação de Hitler de que ao conduzir 
seu programa anti-semítico estava sendo um instrumento da providência
 divina? Durante sua ascensão ao poder, ele precisava do apoio do 
povo alemão - tanto os Católicos da Bavária quanto dos Luteranos
 da Prússia - e para se assegurar disso ele utilizava retórica do tipo 
"Estou fazendo o trabalho do Senhor". Alegar que essa retórica faz 
de Hitler um Cristão é confundir oportunismo político com convicção
 pessoal. O próprio Hitler diz em Mein Kampf que seus pronunciamentos
 públicos deviam ser entendidos como propaganda, sem relação com
 a verdade, mas planejados para influenciar as massas.
A idéia de um Cristo ariano que usa a espada para purgar os Judeus 
da Terra - o que os historiadores chamam de "Cristianismo Ariano
" - era obviamente um afastamento radical do entendimento Cristão 
tradicional e foi condenado pelo Papa Pio XI no tempo. Além do mais, 
o anti-semitismo de Hitler não era religioso, era racial. Os Judeus 
foram atacados não por causa de sua religião - aliás, muitos 
Judeus alemães eram completamente seculares em seus estilos 
de vida - mas por causa de sua identidade racial. Essa era uma
 designação étnica e não religiosa. O anti-semitismo de Hitler 
era secular.
Hitler's Table Talk ["Conversas informais de Hitler", um livro] uma 
coleção reveladora das opiniões privadas do Führer, reunida por
 uma assistente próxima durante os anos de guerra, mostra Hitler 
como sendo furiosamente anti-religioso. Ele chamava o Cristianismo 
de uma das maiores "calamidades" da história, e disse sobre os
 alemães: "Vamos ser as únicas pessoas imunizadas contra essa 
doença". Ele prometeu que "por intermédio dos camponeses 
seremos capazes de destruir o Cristianismo". Na verdade, ele
 culpava os Judeus pela invenção do Cristianismo e também 
condenou o Cristianismo por sua oposição à evolução.
Hitler guardava um desdém especial pelos valores Cristãos da
 igualdade e compaixão, os quais ele identificou com a fraqueza. 
Os principais conselheiros de Hitler, como Goebbels, Himmler,
 Heydrich e Bormann eram ateus que odiavam a religião e buscavam 
erradicar sua influência da Alemanha.
Em sua História em vários volumes do Terceiro Reich, o historiador
 Richard Evans escreve que "os nazistas consideravam as igrejas 
como sendo os reservatórios mais fortes da oposição ideológica aos
 princípios nos quais eles acreditavam". Quando Hitler e os nazistas
 chegaram ao poder lançaram uma iniciativa cruel para subjugar
 e enfraquecer as Igrejas Cristãs na Alemanha. Evans aponta que
 após 1937, as políticas do governo de Hitler se tornaram 
progressivamente anti-religiosas.
Os nazistas pararam de celebrar o Natal, e a Juventude de Hitler
 recitou uma oração agradecendo ao Fuhrer, ao invés de Deus, 
por suas bênçãos. Aos clérigos considerados como
 "problemáticos" era ordenado que não pregassem, centenas 
deles foram aprisionados e muitos foram simplesmente assassinados.
 As Igrejas estavam constantemente sob a vigilância da Gestapo.
 Os nazistas fecharam escolas religiosas, forçaram organizações
 Cristãs a se dissolverem, dispensaram servidores civis praticantes
 do Cristianismo, confiscaram propriedade da igreja e censuraram
 jornais religiosos. O pobre Sam Harris não é capaz de explicar como
 uma ideologia que Hitler e seus associados entendiam como uma 
renúncia ao Cristianismo pode ser apresentada como o "auge" do 
Cristianismo.
Se o nazismo representava o auge de algo, era o auge do Darwinismo 
social do final do Século XIX e início do XX. Como documentado pelo 
historiador Richard Weikart, tanto Hitler quanto Himmler eram
 admiradores de Darwin e freqüentemente falavam do papel 
deles como promulgadores de uma "lei da natureza" que garantiria
 a "eliminação dos ineptos". Weikart argumenta que o próprio Hitler
 "construiu sua própria filosofia racista baseado em grande parte
 nas idéias do Darwinismo social" e conclui que embora o Darwinismo 
não seja uma explicação intelectual "suficiente" para o nazismo, 
é uma condição "necessária". Sem o Darwinismo, talvez não houvesse 
nazismo.
Os nazistas também se inspiraram no filósofo Friedrich Nietzsche,
 adaptando a filosofia ateísta dele aos seus propósitos desumanos.
 A visão de Nietzsche do ubermensch [super-homem] e sua elevação 
a uma nova ética "além do bem e do mal" foram adotadas de forma
 ávida pelos propagandistas nazistas. A "sede pelo poder"
 de Nietzsche quase se tornou um slogan de recrutamento nazista. 
Em nenhum momento estou sugerindo que Darwin ou Nietzsche 
teriam aprovado as idéias de Hitler, mas este e seus comparsas 
aprovavam as idéias daqueles. Sam Harris simplesmente ignora 
as evidências das afinidades nazistas por Darwin, Nietzsche e o 
ateísmo. Então que sentido tem sua alegação de que os líderes
 nazistas eram "sabendo disso ou não" agentes da religião?
 Evidentemente, nenhum sentido.
Então, à montanha de corpos que os regimes misoteístas
 [que odeiam Deus] de Stálin, Mao, Pol Pot e outros produziram,
 nós devemos adicionar os mortos do regime nazista, também 
misoteísta. Assim como os comunistas, os nazistas deliberadamente
 atacaram os crentes, pois eles queriam criar um novo homem
 e uma nova utopia livre das amarras da religião e moralidade 
tradicional. Em um artigo anterior eu perguntei qual é a
 contribuição do ateísmo para a civilização. Uma resposta 
àquela questão: genocídio.
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