Apologética Adventista

O sábado dos não Adventistas.

Eduardo Marinho | 10:30:00 | 1 comentários


A Igreja Católica


Assume que transferiu o sábado para o domingo,por uma ordem do papa.Afirma também que os dez mandamentos não foram dados apenas para opovo de Israel,como incentiva aos fiéis observa-los.Frei Leopoldo Pires Martins, OFM, no “Catecismo RomanoJohn Mckenzie defende o sábado a ponto de criar uma apologética irrefutável onde cita:

“O sábado é profanado pelo exercício do comércio, e Neemias fechava os portões de Jerusalém no sábado para impedir o comércio (Nee. 13:15-22). Carregar cargas viola o sábado (Jer. 17:21–27…) .” — Em “Dicionário Bíblico”, p. 810.Decretal de Translat, Episcop.”, cap. 6 declara que:“O Papa tem poder para mudar os tempos, ab-rogar leis e dispensar todas as coisas, mesmo os preceitos de Cristo.”

Para completar está parte da Igreja Católica a citação mais surpreendente segue abaixo:

Albert Smith, chanceler da arquiocese de Baltimor, respondendo pelo Cardeal, numa carta datada em 10 de fevereiro de 1920, afirma:“Se os protestantes seguissem a Bíblia, adorariam a Deus no dia de sábado. Ao guardar o domingo, estão seguindo uma lei da Igreja Católica.”

Igreja Batista:

Carlos H. Spurgeon é o grande nome por trás da igreja batista e suas ramificações,ao ser
questionado da lei de Deus ele cita:

“A Lei de Deus é uma lei divina, santa, celestial, perfeita. Aqueles que acham defeito na lei, ou que a depreciam em grau mínimo, não compreendem o seu desígnio e não têm uma idéia correta da própria lei. Paulo diz que ‘a lei é santa, mas eu sou carnal; vendido sob o pecado’. Em tudo quanto dizemos concernente à justificação pela fé, nunca intencionamos diminuir o conceito que nossos ouvintes têm da lei, pois a lei é uma das obras de Deus mais sublimes.
Não há nenhum mandamento a maisnão há nem um a menos; mas ela é tão incomparável que sua perfeição é uma prova de sua divindade. Nenhum legislador humano poderia ter trazido a existência uma lei semelhante à que encontramos no Decálogo.” [Vol. 2, sermão 18, pág. 280. Grifos acrescentados.]

Diz também o famoso escritor, evangelista internacional e líder religioso Billy Graham, que citando Wesley sobre os Dez Mandamentos, diz:
“A exemplo de Wesley, sinto que deva pregar a lei e o juízo antes de pregar a graça e o amor. … Os dez mandamentos… são as leis morais de Deus para a conduta das pessoas. Alguns pensam que eles foram revogados. Isso não é verdade. Cristo ensinou a lei. Eles ainda estão em vigor hoje. Deus não mudou. As pessoas é que têm mudado. … A Bíblia diz que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Os Dez Mandamentos são um espelho para nos mostrar como ficamos aquém em preencher os requisitos de Deus.”[Sermão em Times Square, citado em George Burnham e Lee Fisher, “Billy Graham and the New York Crusade” (Zondervan Publ. House, Grand Rapids, Mich.), págs. 108-109.]

Pr. Nilson do Amaral Fanini, que enumera enumerados dois motivos para o quarto mandamento:
“1. O Criador descansou. ‘E ao sétimo dia descansou’. Deus nos dá o exemplo de descanso.
“2. É que Deus santificou um dia. ‘Portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.’ Isto é, Deus separou um dia para ser consagrado a ele. Portanto não temos o direito de usar aquilo que não é nosso. O dia é do Senhor. Quando usamos algo que não nos pertence, estamos sendo péssimos mordomos. Mas devemos santificar o tempo. Não basta assistirmos aos trabalhos da 
igreja. As demais horas do dia devem ser vividas santificadamente.” [Op. cit., pág. 41.]
Novamente o comentário bíblico dos batistas Jamieson, Fausset e Brown, é declarado que:
“ …e repousou no dia sétimo – não para repousar de esgotamento pelo trabalho (veja Isaías 40:28), mas cessou de trabalhar, dando um exemplo, que equivale a um mandamento, para que nós também suspendamos toda classe de trabalho.
“3. Abençoou Deus o dia sétimo e o santificou. – fazendo uma distinção própria sobre os outros seis dias, demonstra que foi dedicado para fins sagrados. … Éuma lei sábia e benéfica, pois proporciona aquele intervalo regular de descanso que requer a natureza física do homem e dos animais empregados em seu serviço, e a não observância do mesmo traz em ambos os casos uma decadência prematura.”
 [Op. cit., pág. 21. Grifos acrescentados.]

Igreja Presbiteriana 

Lei Moral e Lei Cerimonial existem diferenças?

O erudito bíblico John D. Davis, autor presbiteriano de um dos mais famosos dicionários bíblicos que já alcançou várias edições, assegura:
Os Dez Mandamentos, sendo a lei fundamental e sumária de toda moral,permanecem firmes; baseiam-se na imutável natureza de Deus e nas relações permanentes do homem sobre a terra. A respeito do quarto mandamento, disse Jesus: ‘O sábado foi feito para o homem’; segue-se, pois, que a lei permanece em toda sua força enquanto o homem existir sobre a terra.
Lei Cerimonial a que se refere a Carta aos Hebreus 8:7, como o primeiro pacto, ela a declara como antiquada e prestes a perecer, v.13 comparar com os caps. 8 a 10. O apóstolo não julgou necessário obrigar a ela os gentios, atos 15:23–28. Tinha função transitória, apontando para cristo, nosso sumo pontífice por meio de seu sacerdócio, de seus sacrifícios, de suas cerimônias e de seus símbolos. Chegado que foi o antítipo, cessaram de uma vez os tipos, sem contudo perder de vista a importância que eles tem em todas as idades futuras.” — Em “O Novo Dicionário da Bíblia”, p. 356–357. Grifos acrescentados.
Vejamos qual a posição oficial presbiteriana encontrada na já citada “Confissão de Fé de Westminster”:
“III. Além dessa lei (os Dez Mandamentos), geralmente chamada Lei Moral, foi Deus servido dar ao seu povo de Israel, considerado uma igreja sob a sua tutela, leis cerimoniais que contêm diversas ordenanças típicas. Essas leis, que em parte se referem ao culto e prefiguram Cristo, as suas graças, os seus atos, os seus sofrimentos e os seus benefícios, e em parte representam várias instruções de deveres morais, estão todas ab-rogadas sob o Novo Testamento.
Hb.10:1; Gl.4:1–3; Cl.2:17; Êx.12:14; I Co.5:7; II Co.6:17; Cl.2:14,16–17; Ef.2:15–16.
“IV. A esse mesmo povo, considerado como um corpo político, Deus deu leis civis que terminaram com aquela nacionalidade, e que agora não obrigam além do que exige a sua eqüidade geral.
Êx.21:1–36,22:1–29; Gn.49:10; Mt.5:38–39.”
— Op. cit. cap. XIX.
O Dr. Albert Barnes, respeitado comentarista presbiteriano, em seu comentário sobre Mateus 5:18 e 19, declara:
As leis dos judeus estavam geralmente divididas em morais, cerimoniais e judiciais. As leis morais são aquelas que emanam da natureza das coisas, que não podem, por conseguinte, ser mudadas — tais como o dever de amar a Deus e Suas criaturas. Estas não podem ser abolidas, pois jamais poderá ser correto odiar a Deus ou aos nossos semelhantes. Dessa natureza são os Dez Mandamentos; e estes, nosso Salvador não aboliu nem suprimiu.
“As leis cerimoniais são as determinadas para atender a certos estados da sociedade, ou regulamentar ritos religiosos e cerimônias do povo. Estas poderão ser mudadasquando mudarem as circunstâncias, e não obstante, Lei Moral permaneceinalterável.
“Aprendemos, portanto: 1. Que toda a Lei de Deus é obrigatória para os cristãos. (Comparar com S. Tiago 2:10). 2. Que todos os mandamentos de Deus devem ser ensinados, em seu lugar apropriado, pelos ministros cristãos. 3. Que aqueles que pretendem que haja leis de Deus tão pequenas que não precisem obedecer-lhes, são indignos de Seu reino. 4. Que a verdadeira piedade demonstra respeito para com todos os mandamentos de Deus. (Comparar com Salmos 119:6).” — Em “Notes, Explanatory and Practical on the Gospel” (1860), vol. 1, p. 65–66.
E eis a excelente exposição do ministro presbiteriano Mauro Fernando Meister:
“Quanto à aplicação da Lei, devemos exercitar a seguinte compreensão:
“(a) A Lei Civil tinha a finalidade de regular a sociedade civil do estado teocrático de Israel. Como tal, não é aplicável normativamente em nossa sociedade. …
“(b) A Lei Religiosa (Cerimonial) tinha a finalidade de imprimir nos homens a santidade de Deus e apontar para o Messias, Cristo, fora do qual não há esperança. Como tal, foi cumprida com sua vinda. …
“(c) A Lei Moral tem a finalidade de deixar bem claro ao homem os seus deveres, revelando suas carências e auxiliando-o a discernir entre o bem e o mal. Como tal, é aplicável em todas as épocas e ocasiões. …
“Assim sendo, é fundamental que, ao ler o texto bíblico, saibamos identificar a que tipo de lei o texto se refere e conhecer, então, a aplicabilidade dessa lei ao nosso contexto. Asleis civis e cerimoniais de Israel não têm um caráter normativo para o povo de Deus em nossos dias, ainda que possam ter outra função como, por exemplo, ensinar-nos princípios gerais sobre a justiça de Deus. Portanto, a lei que permanece ‘vigente’ em nossa e em todas as épocas é a Lei Moral de Deus. Ela valeu para Adão assim como vale para nós hoje”. — Grifos acrescentados.
De tudo que está registrado, fica mais do que claro que esses documentos confessionais cristãos históricos, além de mestres de outras confissões, admitem que existam pelo menos duas leis, dentre outras, das quais fala a Escritura Sagrada:
—> Lei Moral — sumariada nos Dez Mandamentos, e
—> Lei Cerimonial — representada pelos sacrifícios e ordenanças rituais para Israel.
Existe razões para guardar o sábado?
Ainda o prof. John D. Davis, com sua autoridade:
“A doutrina ensina claramente que este dia foi ordenado por Deus, para repouso do corpo, e bem-estar do homem; que o deviam observar, imitando o exemplo que Deus dá, e por causa das bênçãos por Ele conferidas.” — Idem, p. 520.
Agora, extraído do “Breve Catecismo”, editada pela “Casa Editora Presbiteriana”:
“O quarto mandamento exige que consagremos a Deus os tempos determinados em Sua Palavra, particularmente um dia inteiro em cada sete, para ser um dia desanto descanso a Ele dedicado. (…) proíbe a omissão ou a negligência no cumprimento dos deveres exigidos, e a profanação deste dia por meio de ociosidade, ou por fazer aquilo que é em si mesmo pecaminoso, ou por desnecessários pensamentos, palavras ou obras acerca de nossos negócios e recreações temporais. (…) Deus nos concede de fazermos uso dos seis dias da semana para os nossos interesses temporais: o reclamar Ele para Si a propriedade especial do dia sétimo, o Seu próprio exemplo, e a bênção que Ele conferiu ao dia de descanso.” — Em “Breve Catecismo de Doutrina Cristã”, P. 17–18. Grifos acrescentados.
Indiscutivelmente, todas essas autoridades e documentos religiosos da Igreja Presbiteriana não concordam com a visão herética semi-antinomista/dispensacionalista que nega a validade e vigência do Decálogo como norma cristã, e prega o fim total do quarto mandamento, como sendo “cerimonial”.
Mesmo que o sábado seja interpretado por esses documentos e autores como referindo-se ao primeiro dia, o “sábado cristão” como é chamado, o que importa é que admitem oficialmente a validade e vigência do mandamento e as origens endêmicas do princípio sabático. A questão sobre ter o domingo ter tomado o lugar do sétimo dia já é outra.
Podemos Concluir com um salmo bastante revelador:
Abre os meus olhos para que eu veja as maravilhas da tua lei.
Salmos 119:18


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Um comentário:

  1. 3. Lendo Mc 7.10 que declara: “Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe” Esse mandamento está incluído nos dez mandamentos, pois é citado em Ex 20.12. Um preceito cerimonial considerando que foi Moisés que o disse, mas que faz parte da lei moral dos adventistas, pois se trata do 5º mandamento do decálogo;

    4. Lendo Jo 7.19 que declara: “Não vos deu Moisés a lei? E nenhum de vós observa a lei. Por que procurais matar-me?” Onde a lei proíbe matar? Encontramos esse mandamento dentro dos dez mandamentos – o sexto mandamento em Ex 20.13. Como foi Moisés que disse, deveria tratar-se de um preceito cerimonial. Entretanto, está dentro da lei moral dos adventistas.

    5. Jesus ensinou em Mt 22.37-39 que os dois maiores mandamentos são: amar a Deus e amar ao próximo.


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